A Lei de Thirlwall

O professor A.P. Thirlwall (1979) transformou o mecanismo multiplicador  de comércio de Harrod em um modelo de desenvolvimento econômico “conduzido pela  demanda” significa que o modelo não parte do pressuposto neoclássico de contínuo e global pleno emprego. Consequentemente, não pressupõe que o crescimento econômico de longo prazo é exogenamente determinado pelo progresso técnico e pelo aumento da força de trabalho. Thirlwall desenvolve uma simples relação que indica a taxa de crescimento que indica a taxa de crescimento que uma nação pode alcançar sem sofrer deterioração de sua balança de pagamentos.

De acordo com a lei de Thirlwall, para a qual o balanço de pagamentos é uma limitação, e partindo-se de uma determinada posição do balanço de pagamentos, a taxa de crescimento que um país pode sustentar depende do crescimento do resto do mundo e da elasticidade-renda para as importações e exportações.

A análise de Thirlwall demonstra que os desequilíbrios financeiros internacionais podem ter graves conseqüências, isto é, o dinheiro não é neutro em uma economia aberta. A Teoria Geral de Keynes foi explicitamente a análise de uma economia fechada comandada pela demanda, na qual a moeda não é neutra. Logo, deveria ser óbvio que, se ampliarmos para uma economia aberta a análise monetária de Keynes, que enfatiza os motivos de liquidez das empresas e das famílias na operação de uma economia empresarial de produção, seriam possível desenvolver propostas de política econômica de caráter keynesiano, a fim de evitar as terríveis conseqüências potenciais de um mercado livre baseado na lei de Thirlwall.