O Modelo de Crescimento de Solow – Teoria Econômica

 

Modelo de Solow

Na teoria ecônomica do crescimento, o modelo de Solow-Swan é um modelo neoclássico do crescimento, cujo nome foi dado em homenagem ao Prêmio de Ciências Econômicas Robert Solow.

Este modelo estuda o crescimento da economia de um país em um longo período. Ele apresentou como fonte de crescimento econômico: a acumulação de capital, o crescimento da força de trabalho e as alterações tecnológicas. Robers Solow preocupou-se em demonstrar que o produto per capita é uma função crescente da razão entre capital e trabalho. A força de trabalho cresce a uma taxa natural (exógena ao modelo) então é necessária uma quantidade de poupança per capita, que deve ser utilizada para equipar os novos trabalhadores com uma quantidade de capital per capita K, igual a dos outros trabalhadores. Outra parte da poupança deve ser utilizada para garantir a não depreciação do capital. A primeira parte da poupança citada acima para equipar os novos trabalhadores é chamada "alargamento do capital" (expansão da força de trabalho) e a poupança utilizada para aumentar a razão capital-trabalho se chama "aprofundamento do capital". Para alcançarmos a situaçao de steady state (estado estável) é necessário que a poupança per capita seja igual ao alargamento do capital. O capital por trabalhador K, tem um rendimento decrescente então chegando a esse ponto de equilíbrio não adianta investir mais no trabalhador que está na situaçâo da poupança per capita igual ao alargamento do capital porque não se estará maximizando a produtividade deste trabalhador. Assim o condicionante do crescimento econômico é a

Para Romer (1996, p. 15-25) [1], o modelo de Solow assume que:

A função de produção tem 4 variáveis: o produto (Y), o capital (K), o trabalho (L) e o conhecimento ou "eficiência do trabalho" (A), de maneira que:

f [Y(t)] = f [ K(t), A(t)*L(t) ]

- A função de produção tem retornos constantes de escala em seus dois argumentos, capital (K) e trabalho efetivo (AL);

- Outros insumos que não os da função acima citada, inclusive terra, são relativamente desimportantes;

- Os níveis iniciais de capital, trabalho e conhecimento são dados;

- L   A crescem a taxas constantes;

- O produto é dividido entre consumo e investimento;

- A fração destinada ao investimento é exógena e constante;

- O capital também deprecia a uma taxa constante;

- A economia converge para uma situação onde cada variável do modelo cresce a uma taxa constante. Nesse ponto, a taxa de crescimento do produto por trabalhador é determinado somente pela taxa de crescimento tecnológico.

Papel da poupançamaior produto no estado estacionário

 

O modelo de Solow mostra que a taxa de poupança é o principal determinante do estoque de capital no estado estacionário. O aumento da taxa de poupança faz a economia crescer até que alcance o novo estado estacionário. Assim, a acumulação de capital é a poupança descontada da taxa de depreciação.

Para Ellery Jr. e Gomes (2003, p. 5) [2], "podemos chegar a duas conclusões importantes sobre o modelo de Solow, uma de caráter mais teórico e outra capaz de sugerir políticas macroeconômicas. A primeira conclusão é que a partir de um certo período o estoque de capital e o produto por unidades de eficiência chegam a um valor constante. Note que se o produto por unidade de eficiência é constante o consumo e o investimento também devem ser constantes, visto que ambos são frações do produto. Desta forma podemos dizer que em um certo momento a economia chegará a uma situação onde todas as variáveis medidas em unidades de eficiência tornar-se-ão constantes no tempo, quando uma economia encontra-se nesta situação dizemos que ela atingiu o estado estacionário. A segunda conclusão diz respeito ao valor do produto no estado estacionário, note que quanto maior a taxa de poupança maior será o produto por unidades de eficiência no estado estacionário. Isto sugere que uma maneira de tornar um país mais rico seria mplementar políticas que aumentem a taxa de poupança." [grifo não está no original]

Estudos posteriores

 

Para Sachs e Larrain (2000, p. 598) [3], "grande parte dos trabalhos empíricos posteriores [a Solow] foram baseados em ampliações e sofisticações do esquema geral [deste modelo]. Basicamente, tentaram melhorar a qualidade dos dados e classificaram as séries de capital e mão-de-obra por tipo. Por exemplo, no caso da mão-de-obra, o insumo total foi subdividido em categorias por idade, educação e geração."

Referências Bibliográficas

 

1.  ROMER, David. Advanced Macroeconomics. 1996. McGraw-Hill.

2.  ELLERY Jr, Roberto, e GOMES, Victor. Modelo de Solow, Resíduo de Solow e Contabilidade do Crescimento. março de 2003. Disponível em: ligação externa. Acesso em 28 de janeiro de 2009. 21 páginas.

3.  D. SACHS, Jeffrey, e LARRAIN B., Felipe. macroeconomia – Edição revisada e atualizada. São Paulo: MAKRON Books, 2000. 848 páginas.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.