Questões de Microeconomia da ESAF – 2013

 

 

 

1. (ESAF/AFC/STN/2013) Sobre a teoria do consumidor, é correto afirmar que:

 

a) as preferências são ditas completas se para duas cestas quaisquer for possível dizer que uma é preferível à outra.

b) se duas cestas de consumo estiverem na mesma curva de indiferença, a cesta com maior consumo do bem mais caro está associada a um maior nível de utilidade.

c) quando todos os axiomas de preferências são observados, é possível afirmar que curvas de indiferença não podem interceptar-se.

d) se duas cestas pertencem à mesma curva de indiferença, é porque as duas cestas têm o mesmo custo.

e) quanto mais cara a cesta, mais alta a curva de indiferença a que a cesta pertence.

 

2.  (ESAF/AFC/STN/2013) De acordo com as condições gerais da teoria da produção com um insumo variável, pode-se afirmar que:

 

a) a quantidade de insumo que maximiza o produto médio é a mesma que maximiza o produto marginal.

b) se a quantidade de insumo escolhida maximiza o produto médio, então o produto marginal será superior ao produto médio.

c) quando o produto marginal é maior que o produto médio, um aumento na quantidade utilizada do insumo reduz o produto médio.

d) o produto médio será máximo quando a quantidade de insumo utilizada é tal que o produto médio seja igual ao produto marginal.

e) quando o produto marginal é menor que o produto médio, um aumento na quantidade utilizada do insumo aumenta o produto médio.

 

3.  (ESAF/AFC/STN/2013) Considere uma firma que produz de acordo com a seguinte função de produção: x10,5x20,5, onde representa o total produzido pela firma, x1 a quantidade utilizada do insumo um e x2 a quantidade utilizada do insumo dois. O insumo um custa R$ 4,00 por unidade e o insumo dois custa R$ 16,00 por unidade. Suponha que a firma deseja escolher as quantidades que vai usar de cada insumo de modo a produzir 80 unidades do produto ao menor custo possível.

Assinale a opção a seguir que indica quanto a firma deve escolher de cada insumo.

 

a) x1 = 400 e x2 = 16

b) x1 = 256 e x2 = 25

c) x1 = 100 e x2 = 64

d) x1 = 16 e x2 = 400

e) x1 = 160 e x2 = 40

 

4. (ESAF/AFC/STN/2013) Sobre escolha envolvendo risco, pode-se afirmar:

 

a) prêmio de risco pode ser entendido como a redução no valor esperado que o indivíduo aceita em troca de uma carteira com menor variância.

b) um indivíduo com propensão ao risco tende a escolher uma carteira com menor retorno esperado desde que a variância do retorno da carteira seja pequena.

c) a escolha da carteira ótima não depende da variância, independente da atitude em relação ao risco o indivíduo escolhe a carteira com o maior retorno esperado.

d) quanto maior a aversão ao risco, menor a tendência do indivíduo diversificar seus investimentos.

e) indivíduos com aversão ao risco não investem no mercado financeiro dado o alto risco das operações neste mercado.

 

5. (ESAF/AFC/STN/2013) Um servidor público decide se deve ou não mandar uma declaração de imposto de renda para a malha fina. A decisão não é trivial, mandar a declaração para malha fina tem um custo e só trará ganhos para receita se o contribuinte tiver sonegado. Suponha que a probabilidade do contribuinte ter sonegado é 0,5. A arrecadação líquida da receita com o contribuinte será dada por:

 

 

Não mandar para malha fina

Mandar para malha fina

 

Não é Sonegador

R$ 25,00

R$ 9,00

 

Sonegador

R$ 25,00

 

R$ 81,00

 

 

Considere que a função de utilidade do servidor é dada por u(w) onde é a arrecadação líquida da receita.

Assinale a opção correta.

 

a) O servidor vai mandar o contribuinte para a malha fina, pois a utilidade esperada de mandar para malha fina é maior do que a utilidade esperada de não mandar para malha fina.

b) O servidor não vai mandar o contribuinte para a malha fina, pois a utilidade esperada de mandar para malha fina é menor do que a utilidade esperada de não mandar para malha fina.

c) Não é possível determinar se o servidor vai mandar o contribuinte para malha fina, pois a utilidade esperada de mandar para malha fina é igual à utilidade esperada de não mandar para malha fina.

d) A utilidade esperada de não mandar o contribuinte para malha fina é igual a 25.

e) A utilidade esperada de mandar o contribuinte para malha fina é igual a 40.

 

6. (ESAF/AFC/STN/2013) Assinale a opção a seguir que representa a relação entre custo marginal, receita marginal e preços de uma firma que opera como monopolista.

 

a) A firma obtém o máximo de lucro quando a receita marginal é igual ao preço.

b) A firma obtém o máximo de lucro quando o custo marginal é igual ao preço.

c) A firma obtém o máximo de lucro quando o custo marginal é igual à receita marginal.

d) A receita marginal é igual ao preço, pois a firma toma preços como dados.

e) A receita marginal é igual ao custo marginal, não importando a quantidade produzida.

 

7. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere um mercado e suponha diferentes formas de organização deste mercado. Assinale qual das opções a seguir está correta.

 

a) Caso o mercado seja dominado por um monopolista que não discrimina preços, o total produzido será maior do que no caso do mercado ser caracterizado como um mercado de concorrência perfeita.

b) Caso o mercado seja dominado por um monopolista que não discrimina preços, o lucro será máximo e a quantidade produzida será igual à que seria produzida em concorrência perfeita.

c) Caso o mercado seja caracterizado por um duopólio do tipo Cournot, o total produzido pelas duas firmas será igual à quantidade que seria produzida sob monopólio, porém a soma do lucro das duas firmas seria menor do que o lucro do monopolista.

d) Caso o mercado seja caracterizado por concorrência perfeita, o lucro econômico será igual a zero, mas a quantidade produzida será maior do que seria produzido sob monopólio.

e) Caso o mercado seja caracterizado por concorrência perfeita, o lucro econômico será igual a zero, mas a quantidade produzida será menor do que seria produzido sob monopólio.

 

8. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere um jogo no qual existem dois jogadores, jogador A e jogador B. O jogador A pode escolher entre duas estratégias, cooperar e não cooperar, o jogador B também pode escolher entre estas duas estratégias, “cooperar” e “não cooperar”. O jogo é descrito pela matriz abaixo (em cada célula da matriz, o primeiro número representa o resultado do jogador A e o segundo número representa o resultado do jogador B):

 

 

 

Jogador B

Jogador A

 

Cooperar

Não Cooperar

Cooperar

-6, -6

-12, 0

Não Cooperar

 

0, -12

 

-2, -2

 

 

 

Indique qual das afirmativas a seguir é correta.

 

a) Este jogo não admite nenhum equilíbrio de Nash em estratégias puras.

b) Se o jogador A escolher “Não Cooperar” e o jogador B escolher “Não Cooperar”, estará caracterizado um equilíbrio de Nash, pois, para melhorar um jogador, é preciso piorar o outro.

c) Se o jogador A escolher “Cooperar” e o jogador B escolher não cooperar, estará caracterizado um equilíbrio de Nash, pois, dada a escolha do jogador B, o jogador A fez a melhor escolha.

d) Se o jogador A escolher “Cooperar” e o jogador B escolher “Cooperar”, estará caracterizado um equilíbrio de Nash, pois, dada a escolha do jogador A, o jogador B fez a melhor escolha e, dada a escolha do jogador B, o jogador A fez a melhor escolha.

e) Neste jogo não existe nenhuma estratégia dominante para o jogador A.

 

 

9.  (ESAF/AFC/STN/2013) Considere um jogo em que dois amigos vão ao estádio assistir a um jogo de futebol, os dois gostam de ir ao estádio, mas não torcem pelo mesmo time. A torcida do time do amigo A fica do lado direito do estádio, e a torcida do time do amigo B fica do lado esquerdo do estádio. Se ambos foram para o lado direito, o jogador A recebe o equivalente em utilidade a dois reais e o jogador B recebe o equivalente a um real. Se ambos escolherem o lado esquerdo, então o jogador A recebe o equivalente a um real e o jogador B recebe o equivalente a dois reais. Se for cada um para um lado, eles recebem utilidade equivalente a zero. Assinale a opção correta.

 

a) A situação em que ambos vão para o lado direito é um equilíbrio em estratégias dominantes.

b) A situação em que ambos vão para o lado esquerdo não é um equilíbrio de Nash.

c) Considere a situação na qual o amigo A vai para o lado direito com probabilidade 2/3 e para o lado esquerdo com probabilidade 1/3, enquanto o amigo B vai para o lado direito com probabilidade 1/3 e para o lado esquerdo com probabilidade 2/3. Esta situação corresponde a um equilíbrio de Nash em estratégias mistas.

d) Considere a situação na qual cada amigo joga uma moeda não viciada, ou seja, a probabilidade de dar cara é igual à probabilidade de dar coroa. O amigo A diz que vai para o lado esquerdo se a moeda dele der cara, e o amigo B diz que vai para o lado direito se a moeda dele der coroa. Esta situação caracteriza um equilíbrio de Nash em estratégias mistas.

e) Considere o caso no qual o amigo A opta sempre em ir para o lado direito, não importando o que o amigo B faz. Esta estratégia é uma estratégia estritamente dominante para o amigo A.

 

10. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere uma atividade econômica na qual existam externalidades positivas na produção e assinale a opção correta.

 

a) Um planejador central benevolente escolheria produzir uma quantidade menor do que a produzida pelo mercado.

b) Um planejador central benevolente escolheria produzir uma quantidade maior do que a produzida pelo mercado.

c) Não é possível determinar se a quantidade produzida escolhida por um planejador central benevolente é maior ou menor do que a quantidade produzida escolhida pelo mercado.

d) Um planejador central benevolente escolheria produzir a mesma quantidade produzida pelo mercado.

e) A existência ou não de externalidades é irrelevante para um planejador central.

 

11. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere um mercado em que existem externalidades.

Indique qual das afirmativas abaixo é correta.

 

a) Caso as externalidades sejam positivas, o benefício social do bem é maior do que o benefício privado, neste caso subsidiar a produção pode ser uma maneira de aumentar o bem-estar.

b) Caso as externalidades sejam negativas, o custo social do bem é maior do que o benefício privado, neste caso subsidiar a produção pode ser uma maneira de aumentar o bem-estar.

c) Caso as externalidades sejam positivas, o benefício social do bem é maior do que o benefício privado, neste caso taxar a produção pode ser uma maneira de aumentar o bem-estar.

d) A presença de externalidade não pode justificar nem impostos nem subsídios à produção, pois o Primeiro Teorema Fundamental do Bem-Estar Social estabelece que o equilíbrio de mercado é ótimo no sentido de Pareto.

e) A presença de externalidades só afeta a quantidade produzida, portanto não afeta o bem-estar.

 

12. (ESAF/AFC/STN/2013) Sobre os bens públicos, bens rivais e bens excludentes, pode-se afirmar:

 

a) bens rivais são bens em que o consumo de uma unidade por uma pessoa elimina a possibilidade de que alguém desfrute do bem, desta forma, ser um bem não rival é uma condição suficiente para que um bem seja considerado um bem público puro.

b) bens não excludentes são bens que é impossível ou muito difícil negar o acesso, desta forma se um bem é rival, ele também é excludente.

c) um bem público puro é um bem oferecido pelo setor público.

d) um mesmo bem não pode ser simultaneamente rival e excludente.

e) um bem público puro é um bem em que o consumo por uma pessoa não elimina a possibilidade que alguém desfrute do bem e que é impossível ou muito caro impedir alguém de consumir. Desta forma um bem público puro é um bem que é não rival e não excludente.

 

13. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere duas firmas que operam em um oligopólio de Cournot. As duas firmas trabalham com custos marginais constantes e iguais a c. Suponha que a demanda inversa deste mercado é dada por: p(y) = a – by, onde p(y) é o preço cobrado pelas firmas e é a quantidade ofertada no mercado (a soma da quantidade produzida por cada firma). Indique a opção correta.

 

a) Cada firma produzirá a mesma quantidade e a soma da produção das duas firmas será dada por (a – c) / 2b

b) Cada firma produzirá a mesma quantidade e a soma da produção das duas firmas será dada por 2(a – c) / 3b

c) Cada firma produzirá a mesma quantidade e a soma da produção das duas firmas será dada por (a – c) / b

d) Não é possível determinar a quantidade produzida por cada firma.

e) A quantidade produzida por cada firma não depende da estrutura de mercado.

 

14. (ESAF/AFC/STN/2013) Considere a teoria de equilíbrio geral em uma economia de trocas com dois produtos e dois indivíduos (chame-os de indivíduo A e indivíduo B). Assinale a opção correta.

 

a) Em uma caixa de Edgeworth, a curva de contrato representa os pontos de interseção das curvas de indiferença do indivíduo A com as curvas de indiferença do indivíduo B. As alocações na curva de contrato são ótimas no sentido de Pareto.

b) Em uma caixa de Edgeworth, o equilíbrio competitivo é caracterizado por um ponto fora da curva de contrato onde a curva de indiferença do indivíduo A é tangente à reta orçamentária do indivíduo B.

c) Em uma caixa de Edgeworth, a curva de contrato representa os pontos de tangência das curvas de indiferença do indivíduo A com as curvas de indiferença do indivíduo B. As alocações na curva de contrato não são ótimas no sentido de Pareto.

d) O equilíbrio competitivo é ponto fora da caixa de Edgeworth.

e) Em uma caixa de Edgeworth, o equilíbrio competitivo é caracterizado por um ponto na curva de contrato onde as curvas de indiferença são tangentes à reta orçamentária do indivíduo A e à reta orçamentária do indivíduo B.

 

15. (ESAF/AFC/STN/2013)  Assinale a afirmação correta.

 

a) Uma situação de risco moral ocorre quando um indivíduo toma uma decisão ilegal para ajudar outro indivíduo.

b) Se um mercado está sujeito a risco moral então as firmas que operam neste mercado vão maximizar lucro quando ofertarem zero unidade do produto, nestes casos apenas o governo pode fornecer uma oferta positiva do bem.

c) Considere o mercado de carros usados e suponha que, devido à incapacidade de os compradores distinguirem entre os carros bons e os carros ruins, apenas os carros ruins são vendidos. Este é um exemplo de modelo principal-agente.

d) Considere o mercado de carros usados e suponha que, devido à incapacidade de os compradores distinguirem entre os carros bons e os carros ruins, apenas os carros ruins são vendidos. Este é um exemplo de seleção adversa.

e) Uma situação em que um gerente tenha de escolher contratar um entre dois vendedores e não saiba qual escolher por não ter informações suficientes para tomar sua decisão é a típica situação em que se aplica o problema do agente e do principal.